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domingo, 11 de dezembro de 2011

Chanuká para adultos!





"Historinha pra criança":

Os gregos, movidos pelo anti-semitismo, tentaram impor sua cultura materialista e religião politeísta sobre os judeus, que unidos, resistiram e repeliram seus inimigos.
Por ser politeísta, materialista e hedonista, devemos continuar evitando a influência desta cultura, assim como a de todas as outras, mantendo nossa pureza através do isolamento.

"Historia pra adulto":

Antiochus, o rei sírio da dinastia Selêucida, (Sucessora de Alexandre o Grande no oriente médio), quis converter os judeus de Israel à sua já decadente cultura grega, de modo a tê-los como aliados em sua guerra para conquistar o Egito e unifica-lo à Síria.

Uma parcela dos judeus, principalmente os pertencentes a elite sobre a qual se apoiava o governo, apoiaram Antiochus e sua influência, de modo a lucrarem com suas possíveis conquistas e vitórias.

Houve também os que entregaram sua fidelidade ao conquistador sírio em troca dos prazeres que este lhes prometia em nome de sua cultura.

No final, sabemos que a maioria judaica, fiel às suas tradições e valores, venceu a guerra. Estabelecendo novamente a soberania de sua cultura e religião.

Em resumo: Nunca houve uma guerra entre a Grécia e os judeus. O que sim aconteceu foi um embate entre os interesses políticos do rei da Síria e dos que queriam promover a cultura grega, de um lado e dos judeus fieis à sua religião e valores do outro.

Uma outra visão.

Contrastando com este período de tensão, constatamos em varias passagens do Talmud, dos livros de história e de religião judaica, uma apreciação mútua entre o judaísmo e a cultura grega no período de seu apogeu:

Seguem aqui alguns exemplos:

-Em homenagem ao respeito e tolerância de Alexandre o Grande, seu nome foi adotado por milhares de judeus no período do segundo templo.
-Maimônides, um dos maiores rabinos, médicos e filósofos da historia, usou suas obras e influência para promover a harmonização entre o judaísmo e a filosofia grega.
-O legislador Rama, cita uma antiga tradição onde o filosofo Platão afirma ter aprendido parte de seus conhecimentos com o profeta Jeremias.

Da mesma forma que podemos facilmente constatar o intercambio de elementos da cultura grega com a cultura judaica, também podemos testemunhar este intercâmbio com todas as culturas nas quais os judeus entraram em contato. Isto pode ser verificado até mesmo em um dos maiores símbolos da ortodoxia judaica, supostamente “limpa” de influências externas: suas vestimentas, que são compostas de ternos escuros e chapéus: Uma nítida influencia européia!

É certo também que existem limites intransponíveis entre as culturas, o que deve ser considerado algo saudável e desejado, na medida em que mantém a originalidade de cada uma delas, representando o resultado de diferentes histórias e experiências.

Conclusão:

Da próxima vez que você for fazer ginástica ou assistir a uma dramatização ao sair da sinagoga, não se preocupe; Você estará colocando em prática uma das mais belas e poderosas mensagens que aprendemos no decorrer de nossa história: A de que, à luz de nossos valores, podemos e devemos apreciar e agregar elementos de outras culturas, nossas parceiras e irmãs na construção da grandiosa e dramática história da família humana.

A todos os amigos : Feliz Chanuká.
More Ventura.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Chanuká e seus primórdios na Arca de Noé?



Noah's Ark












Após o relato do dilúvio, a Tora nos conta sobre os descendentes de Noé, os povos que originaram e seu paradeiro.
Ao se referir a seus netos por parte do filho Yefet, a Torah não os relaciona apenas a “países” específicos, mas também a ilhas.  

Quem seriam esses netos de Noé, “habitantes de ilhas” ?

A Torah cita o nome de vários deles, porem no momento, o nome de um é que nos interessa: Yavan!
Quem é Yavan ?
Vou dar uma dica: A letra “Y” do idioma Hebraico é transliterada como Jota para o português. Desta forma, o nome deste neto ficaria Javan, que em português é conhecido como Jônia, uma das regiões da antiga Grécia!

Então meu amigo; de acordo com a tradição judaica, a origem da Grécia está ligada a Yavan, neto de Noé. Interessante, não acha?

Será que através do relato bíblico podemos descobrir mais relações entre Yavan e a cultura grega, alem do fato de viverem em ilhas?

A Torah relata um episódio no qual um dos três filhos de Noé, chamado Ham, ao vê-lo embriagado o desrespeita e humilha. Em pouco tempo seus dois irmãos Shem e Yefet, (pai de Yavan), o confrontam, acudindo Noé e cobrindo sua nudez.
Após acordar de sua bebedeira, Noé critica seu filho Ham e abençoa seu filho Shem e sua descendência – Os Shemitas, ou Semitas – para que sejam sempre portadores da presença Divina. 
Noé abençoa também a Yefet, pai de Yavan e seus descendentes, mas desta vez com expansão territorial e beleza.

Percebemos nestas bençãos atributos que continuaram vinculados aos gregos e aos judeus, (semitas), por muito tempo:
Beleza e a força física de um lado e do outro a espiritualidade.

Choque ou Harmonia?

Milênios depois da benção de Noé, no período em que ocorreu a história de Hanucá, testemunhamos o violento choque entre a cultura Grega materialista* e a cultura judaica espiritual.
O final da história conhecemos: Os Macabeus, representando os Judeus, venceram os helenistas e os expulsaram de sua terra.

Mas estes atributos, matéria e espírito são necessariamente opostos? Devemos estar em permanente guerra com nossos irmãos da linhagem de Yefet?

A resposta veio poucos séculos antes dos acontecimentos de Chanuká... A cavalo:
Ciro, o imperador da Pérsia, também descendente de Yefet por parte de seu filho Madai, (portanto também portador das bênçãos de beleza e poder), exortou e patrocinou o retorno dos judeus a sua terra, para que reconstruíssem seu país e seu templo sagrado, encerrando assim o período do exílio babilônico.

Vemos naqueles tempos, portanto, a concretização de uma harmônica parceria entre Poder, Beleza e  espiritualidade. 


Conclusão: quando usados de forma equilibrada e sadia, a Beleza e o Poder iluminam o mundo agregando valor ao serviço Divino. Quando desvirtuados e exagerados, com no atual culto exacerbado a moda e a forma física, esses atributos trazem somente falta de referências, escuridão espiritual e desilusão!

Que Tenhamos o grande mérito de vivenciarmos em nossos dias a instauração da bela fortaleza da Paz e da Verdadeira espiritualidade, juntamente com todos os nossos irmãos, filhos dos filhos de Noé!


Que a Luz de Chanuká traga sabedoria, fé e felicidade ao todos!

Um grande abraço !More Ventura!


*Quando me refiro a cultura grega como simplesmente materialista, estou me referindo apenas àquela diluída na Asia Menor no período de Chanuká.

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