sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Judaísmo - Campos de flores e Concentração Mental!


More Ventura e Ben Abraham, Ativista, escritor e sobrevivente do holocausto.
Hoje, dia 27 de Janeiro, é o dia internacional da memória do Holocausto.
Esta data foi escolhida por ter sido a do dia em que os prisioneiros foram libertados do campo de concentração de Aushwitz.

Hoje eu também quero libertar e me libertar, pois já estou farto de ficar acorrentado ao gueto e ao campo de concentração mental.

Desde criança tenho ouvido falar sobre a grande desgraça que foi o holocausto. A preservação desta memória é indispensável, porem se for feita de forma desequilibrada pode ter um alto preço: A transformação de um jovem confiante na vida, num refém do medo e da desconfiança, podendo redundar na formação de um xenófobo, resistente ao dialogo e descrente na possibilidade de transformação do ser humano.
Este resultado negativo é obtido quando toda a ênfase do estudo da Shoá, e das perseguições em geral, é colocada sobre a maldade dos algozes e sobre o sofrimento das vítimas.

Mas e se ao invés disso, colocarmos a ênfase também na resistência, na superação, na cooperação e por que não dizer, no arrependimento e na transformação?
Não estaríamos assim ajudando a formar indivíduos corajosos e positivos - porem não ingênuos - capacitados para trabalhar em prol de uma verdadeira transformação?

Não creio que a solução para o racismo e para o preconceito esteja em se desarmar, e de forma ingênua abrir os braços ao mundo como se não houvesse ameaças reais, porem não tenho dúvidas de que um dos agentes que mais contribuem para a cultura da violência e do ódio, são justamente aqueles que em nome do combate a estes não os tiram do foco e do centro das atenções, desviando assim os seres humanos da busca de alternativas positivas para a resolução destes problemas e para a construção de uma sociedade verdadeiramente fraterna.

Queridos amigos, vamos acordar! Vamos trilhar novos caminhos, nos libertando das correntes dos guetos e dos campos de concentração mentais e com coragem, força, inteligência e amor, vamos separar a concentração dos campos, deixando os campos para as flores e a concentração para o pensamento.
Abraços! More Ventura!



4 comentários:

Luiz Santinácio disse...

O processo proposto na letra de More Ventura não é um processo assombroso ou, extremamente arrojado. Trata-se de um processo natural de superação intrínseca ao ser humano que faz sua peregrinação ao Único, ao Eterno. Não há, na letra de More Ventura, meandros, subjetivismos. Há, ,sim, uma proposta que urge, cotidianamente ser exercitada, não apenas pelo Povo do Livro, não apenas, pelos Povos que constituem Nações mas, eminentemente, por cada homem e por cada mulher entendidos cá como Humanidade, geradora de vida, buscadora da paz, vivenciadora perene do bem e da verdade. Os aspectos humanos alcançam, indubitavelmente, os aspectos transcendentais e elevam o Homem de forma a torná-lo mais racional frente as intempéries, no tempo e no espaço; mais humano no exercício de suas virtudes; e, vivenciador do amor diante dos seus Pares e diante do Único. More Ventura foi feliz na escolha do tema e na explanação do mesmo. Não se poderia esperar nada menos partido dele.

Germaine Segall disse...

Compartilhei.Shabat Shalom.

Anônimo disse...

Perfeito!!!
Marilia Freidenson

Aron Kurc disse...

Com a verdadeira "auto anulação" chegamos a liberdade.
Pura Chassidut, shkoiach Moré!
Aron Kurc