Luz!
Ao invez de durar o esperado período de um dia, a
pequena quantidade de azeite encontrada pelos macabeus nos depositos do templo,
perdurou por oito dias, mantendo as velas da Menorah acesas pelo tempo
suficiente para a obtenção de mais oleo!
Por causa disso a Luz se tornou um dos temas mais
importantes da comemoração de Hanuká.
A Luz como metáfora da compreensão:
Na tradição judaica a luz é usada para representar a
sabedoria, pois assim como esta nos faz compreender o ambiente no qual estamos
situados, ajudando nos a evitar tropeços e acidentes, a sabedoria dissipa a
escuridão da ignorância, permitindo nos esclarecer as melhores atitudes e decisoes
a tomarmos em nossas vidas.
A halachá, a lei judaica nos orienta a acendermos nossas
Hanukiot em lugares visiveis, como por exemplo, ao lado das portas de nossas casas e em nossas
janelas. A mensagem é óbvia:
Não devemos deixar a sabedoria, representada pela luz e
o conhecimento da espiritualidade, confinados as nossas casas e templos, devemos
promove-los em nosso cotidiano, nas ruas; No mundo!
Professor Hans Borger Uma Luz que iluminou as casas e as “ruas”.
Hoje a tarde, quarto dia de Hanuka, enquanto desligava
meu notebook, passei rapidamente os meus olhos por uma postagem exibida por meu
amigo Uri Lam no facebook, onde ele compartilhava a noticia da passagem do
autor e mestre de história judaica, Professor Hans Borger.
Comentando a postagem, um professor de historia
judaica, cujo nome não consegui identificar, manifestou sua homenagem a Hans,
por sua contribuição à sua formação.
-“Preciso ir à Kalunga, mas depois que eu voltar para
casa, vou abrir este post novamente, pois alem de prestar minha homenagem ao mestre, quero saber quem é o professor que fez o comentario. Quem sabe poderei aprender
algo com ele tambem? – Pensei.
Já na Kalunga, acompanhado de Jacqueline, minha esposa,
tambem professora de cultura judaica e hebráico, enquanto me preparava para
pagar a conta ouvi:
-“Ventura!”
-Olhei para o rapaz que me chamava e brincando virei o
rosto para os lados, fingindo procurar o tal do Ventura:
-Ei, como você me reconheceu? – Perguntei - Estou
usando boné e ainda por cima com a aba virada para tras, feito um moleque!
-Ah, Ventura! Sempre da pra te reconhecer –Disse o homem.
-E quem é você? – Perguntei.
-Me chamo Theo Holtz, sou professor de historia judaica.
Por “coincidência”, hoje de manhã li um
texto no seu Blog que fala sobre a decadência das gerações sucessoras dos primeiros
macabeus e como, graças a ela, os romanos acabaram dominando Israel!
Após ouvir a resposta, tive uma intuição que
transformei em pergunta:
-Theo, por acaso foi você que comentou o post ..... –
Perguntei pela metade.
-Do Uri Lam, sobre o Professor Hans? – Completou Theo!
-Sim, este mesmo! –Respondi estupefato e feliz por mais
este “Lampejo” da Providência do Criador em nossas vidas...
-Sim, fui eu que comentei o post do Uri, sabe o
Professor Hans... etc, etc, etc.....
Que
impresionante!!!!!!
Ali estavamos
nós, três professores de Cultura e história judaica, num encontro “cosmico”, a poucos metros da Hanukia Gigante da Av Paulista, no quarto dia
de Hanuká, homenageando no dia de seu passamento, um homem que através de sua obras
acessíveis e agradáveis, iluminou para o grande publico - As “ruas” e “Avenidas”
– a beleza e a grandeza da história
judaica!
Isto é Hanuká:
Sabedoria e providência Divina, nas casas, nos templos
e nas ruas!
Obrigado Professor Hans Borger por suas obras e ensinamentos
tão profundos e acessíveis!
Obrigado D’us por iluminar as nossas vidas através de sua Luz e da Suas Maravilhosas "Coincidências"!
More Ventura!
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