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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Judaísmo - Jejum de 10 de Tevet - Vamos estraçalhar o inimigo!!



Dia Dez do mês de Tevet.

Neste data, a aproximadamente 2500 anos, os babilônios, sob a batuta do imperador Nabucodonosor, deram início ao cerco de Jerusalém. Os motivos que os levaram a fazer isso, diferentemente do que muitos insistem em ensinar, não foi o anti-semitismo, nem o ódio a Torah, mas sim, a busca de riquezas e domínios territoriais.

Esta “política econômica”, assim como em nossos dias, já era muito difundida naquela época. A única diferença é que naqueles tempos não havia necessidade de se inventar pretextos bonitos como os que são forjados hoje em dia para se abocanhar as riquezas alheias. Naqueles dias era assim:

O país dominado deu a grana para o dominador? Beleza! Não deu? Dançou!
E olha que o “Nabuco” ainda foi paciente, pois foi somente depois de ter trocado dois de nossos reis que se negaram a lhe pagar os (in)devidos tributos, que ele finalmente mandou seu exército dominar o reino de Judah.

Já em território Babilônico, os judeus em sua maioria, se ajeitaram muito bem, com vários deles se tornando ministros e conselheiros do próprio imperador. Os mais famosos destes foram Mishael, Hanania, Azaria e o profeta Daniel.

A adaptação dos patrícios às terras de “Interlagos” – Mesopotâmia - foi tão boa, que anos mais tarde, quando Coresh, o imperador Persa conquistador da Babilônia, postou a eles a possibilidade de retornarem à sua pátria, poucos a curtiram e a compartilharam, com a maioria preferindo ficar nas terras de seus conquistadores.

Bem amigos... então... Se nem os conquistadores e nem o exílio foram tão cruéis, qual deve ser o nosso foco neste jejum? Sobre o que devemos nos lamentar neste dia?
                                                     
Para responder a esta questão, trago uma passagem do Talmud:

“Nabucodonosor não destruiu o Templo, ele apenas remoeu farinha moída, pois o verdadeiro templo, ou seja, a sua essência espiritual, já havia sido destruída pelo próprio povo judeu.” (Que abandonou os valores espirituais e sociais de sua própria cultura, em troca dos valores materialistas dos povos vizinhos).

A resposta a pergunta anterior, à luz desta citação, é simples: O foco deste jejum e de nossas lamentações e lutas neste e em todos os outros dias devem ser os nossos maiores e mais perigosos inimigos, os inimigos internos, que nos enfraquecem como indivíduos e como grupo, escancarando nossas portas para todo tipo de invasor ou inimigo, sejam este drogas, racismo, miséria, tristeza e etc.

Se queremos ser fortes de verdade... Antes de olharmos as falhas alheias, vamos nos focar em consertar os nossos próprios defeitos e em reforçar as nossas virtudes, reconstruindo assim o maior de todos os Templos, de todos os Tempos:
A alma e o Espírito do ser humano!
Um grande abraço! More Ventura!