Dia Dez do
mês de Tevet.
Neste data, a
aproximadamente 2500 anos, os babilônios, sob a batuta do imperador
Nabucodonosor, deram início ao cerco de Jerusalém. Os motivos que os levaram a
fazer isso, diferentemente do que muitos insistem em ensinar, não foi o anti-semitismo,
nem o ódio a Torah, mas sim, a busca de riquezas e domínios territoriais.
Esta “política
econômica”, assim como em nossos dias, já era muito difundida naquela época. A única
diferença é que naqueles tempos não havia necessidade de se inventar pretextos bonitos
como os que são forjados hoje em dia para se abocanhar as riquezas alheias. Naqueles
dias era assim:
O país
dominado deu a grana para o dominador? Beleza! Não deu? Dançou!
E olha que o “Nabuco”
ainda foi paciente, pois foi somente depois de ter trocado dois de nossos reis
que se negaram a lhe pagar os (in)devidos tributos, que ele finalmente mandou seu
exército dominar o reino de Judah.
Já em
território Babilônico, os judeus em sua maioria, se ajeitaram muito bem, com vários
deles se tornando ministros e conselheiros do próprio imperador. Os mais
famosos destes foram Mishael, Hanania, Azaria e o profeta Daniel.
A adaptação dos
patrícios às terras de “Interlagos” – Mesopotâmia - foi tão boa, que anos mais
tarde, quando Coresh, o imperador Persa conquistador da Babilônia, postou a eles
a possibilidade de retornarem à sua pátria, poucos a curtiram e a compartilharam,
com a maioria preferindo ficar nas terras de seus conquistadores.
Bem amigos...
então... Se nem os conquistadores e nem o exílio foram tão cruéis, qual deve
ser o nosso foco neste jejum? Sobre o que devemos nos lamentar neste dia?
Para responder
a esta questão, trago uma passagem do Talmud:
“Nabucodonosor
não destruiu o Templo, ele apenas remoeu farinha moída, pois o verdadeiro
templo, ou seja, a sua essência espiritual, já havia sido destruída pelo próprio
povo judeu.” (Que abandonou os valores espirituais e sociais de sua própria cultura,
em troca dos valores materialistas dos povos vizinhos).
A resposta a pergunta
anterior, à luz desta citação, é simples: O foco deste jejum e de nossas
lamentações e lutas neste e em todos os outros dias devem ser os nossos maiores
e mais perigosos inimigos, os inimigos internos, que nos enfraquecem como indivíduos
e como grupo, escancarando nossas portas para todo tipo de invasor ou inimigo, sejam
este drogas, racismo, miséria, tristeza e etc.
Se queremos
ser fortes de verdade... Antes de olharmos as falhas alheias, vamos nos focar
em consertar os nossos próprios defeitos e em reforçar as nossas virtudes,
reconstruindo assim o maior de todos os Templos, de todos os Tempos:
A alma e o
Espírito do ser humano!
Um grande
abraço! More Ventura!