-Mamãezinha,
eu não aguento mais esses soldados bravos que vem acordar a gente todos os dias
de manhã cedinho mandando a gente trabalhar. Eles gritam, batem, xingam...
Falam cada palavrão!
-É filinha,
você tem toda razão. Ninguém merece, mas o que a gente pode fazer? Se a gente não
obedecer a eles as coisas podem ficar ainda piores!
-Mas
mamãe... eu queria poder brincar, ir pra escola e passear. Não queria ter que
ficar trabalhando o dia inteiro. Eu sou só uma criancinha... Queria brincar de
boneca!
-E eu
queria brincar de carrinho!
-Papai, a
gente não pode sair escondido do trabalho pra passear um pouco no campo das
flores? Só um pouquinho, vai.
-Não filinha! O Faraó está muito nervoso. Ele
quer que a gente termine logo a construção da grande Pirâmide e os soldados não
vão tirar nem os olhos e nem o chicote da gente até colocarmos o último tijolo!
-Mas papai
eu estou muito cansado, não aguento mais carregar pedras pesadas e minhas mãos
estão sangrando.
-Minhas
costas também estão machucadas filinho, mas por enquanto não temos o que fazer.
-Bam! Bam!
Bam! – Eram os soldados batendo na porta:
-Saiam já para
fora! Vocês já estão atrasados, são quatro e meia da manhã, andem! Rápido! Corram,
se não vierem logo nós vamos pegar vocês à força!
-Buaaaaaa!
Eu não aguento mais essa vida de escrava. Eu sou só uma menina de quatro anos,
eu quero brincar de boneca!
-E eu ainda
queria comer um pouquinho!
-Vamos
filhos, tentem se acalmar.
-Abram esta
porta seus moloides!!!
-Papai!
Mamãe! Eles não podem gritar com vocês assim. Eles não sabem conversar?
....................................................................................................................
Essa era a vida dos nossos tatataravós depois
que o Faraó , o rei estressadinho do Egito, transformou eles em escravos.
Tudo
começou quando eles tiveram que deixar o seu país, Israel, para ir para o Egito
por causa de uma seca terrível. Os animais e as plantinhas estavam morrendo.
Não havia mais comida e nem bebida, e então eles decidiram ir para a maravilhosa
terra das pirâmides, por que lá tinha um rio muito grande chamado Nilo, que não
deixava faltar nem água e nem comida para as pessoas que ali viviam.
No começo
eles foram muito bem recebidos. O rei foi muito bacana e deu um belo lugar para
eles morarem. A vida deles era agradável, pois lá eles estudavam, trabalhavam,
brincavam, viviam bem com suas famílias e eram amigos do povo do Egito.
Com o
passar do tempo os judeus começaram a crescer em força, em tamanho e em riqueza.
Estava tudo
indo super bem até que o rei que era amigo deles morreu, vindo em seu lugar um
novo rei, um Faraó muito nervosinho e estressado que disse o seguinte:
-Eu estou
com medo dos judeus. Temos que dar um jeito neles. Eles estão ficando muito
fortes e podem acabar querendo mandar no nosso país!
Vamos
transformá-los em escravos, dando trabalhos bem pesados e cansativos para eles.
Vamos dar pouca comida e só vamos deixar eles dormirem um pouquinho. Assim eles
vão acabar ficando fracotes e não vão poder fazer nada contra a gente.
Ahahahaha!!!
-O Faraó
foi muito bocó, por que os judeus não estavam no Egito pra pegar o país para eles.
Eles só estavam ali por que em Israel estava tendo uma seca muito forte,
lembra?
-Se ele
fosse mais esperto, teria conversado com eles e tudo teria terminado bem.
Mas... fazer o que né? Ele era daquele tipo de pessoa que não sabe dialogar e
que resolve tudo na violência.
O tempo foi
passando e como escravos, a vida dos judeus ficou muito difícil e triste. Eles
não podiam mais escolher o que queriam fazer, pois tinham que trabalhar o dia
inteiro carregando pedras pesadas para construir pirâmides e castelos, e ai
deles se parassem de trabalhar!
O Faraó
achava que isso iria deixar eles fracos , mas para sua surpresa, os judeus
continuaram crescendo e se tornando cada vez mais bombados. Quando o Faraó percebeu
isso, ele ficou nervosíssimo, tendo então mais uma ideia:
-Ahahahah!
Tive uma ideia genial! Vou mandar as parteiras judias, as mulheres que ajudam a
tirar os bebêzinhos das barrigas das mães, matarem os bebês meninos que nascerem.
Deste jeito o povo judeu só terá menininhas, que são fracotes e nunca poderão
nos vencer! Ahahahahah!
As
parteiras, é claro, não obedeceram o maluco do Faraó e assim, o povo judeu
continuou a crescer cada vez mais, o que deixou o Faraó mais xiliquento e
estressado:
-Rapazes –
Disse o Faraó para seus soldados - Eu
tive uma ideia genial! Adorei! Daqui a cinco minutos vocês devem ir até as casas dos
judeus para pegarem os seus bebês meninos e para jogarem eles no rio Nilo!
-Mas Faraó
– Disse um soldado – E se eles se afogarem?
-Seu
bobalhão! É isso mesmo que eu quero! Quero que os bebês se afoguem para que o
povo judeu pare de crescer!
Em pouco
tempo começou a confusão. Gente chorando, fugindo e tentando esconder os seus
bebês enquanto ouviam os soldados gritarem:
-Quem tem
bebês? Quem tem bebês meninos?
-Por que
vocês querem ver os nossos bebês? – Perguntou uma menininha chamada Miriam.
-Para jogar
eles no Rio – Respondeu o soldado - Eh
eh eh!
-Ah ta.
Obrigada pela informação – Respondeu a menininha, correndo para casa e
contando tudo para sua mamãe:
-Mamãe,
precisamos dar um jeito de salvar o nosso bebezinho. Os soldados egípcios estão
entrando em todas as casas para pegarem os nossos bebês para jogarem eles no
rio.
-Mas filha,
nós não temos mais tempo para escondermos ele. Fora isso a nossa casa é tão
pequena que eles vão achar ele num segundo. Só temos uma saída.
-Qual
mamãe? A da porta da frente?
-Voce está
vendo aquelas mulheres do outro lado do rio?
-Sim mamãe.
-É a filha
do Faraó, a boazinha Bátia e as ajudantes dela. Vamos colocar o nosso bebezinho
numa cesta de palha para flutuar no rio. Quando a cestinha chegar perto delas,
com certeza elas vão ficar com pena do bebê e vão salvar ele.
-Boa ideia
mamãe. Mas e se a cestinha afundar?
-Não se
preocupe. O rio está bem calmo e eu vou pegar uma cesta bem protegida!
Dito e
feito! Em poucos minutos o bebezinho estava nos braços da princesa Bátia:
-Que bebê
fofinho! Ele é tão bochechudo! Tão kutxi kutxi! Deixa eu ver que nome eu vou
dar pra ele. Hum... Já sei! Moshê, que significa: “Aquele que foi tirado da
água!”.
-Fofiiiinho!
-Gugú Dadá!
-Em pouco
tempo Moshe foi levado para o castelo, sendo apresentado como filho adotivo da
princesa, mas como ela não tinha leite para amamentá-lo, todos os dias ela
pagava para uma moça para fazer isso.
Amigo ou
amiga que está ouvindo esta história, adivinhe quem era essa moça? A própria
mãe do Moshe, a Yoheved!!! Incrível não é? Desse jeito o Moshe pôde continuar
em contato com a sua família, aprendendo aos poucos os costumes do seu povo,
até que cresceu e parou de frequentar a sua própria casa.
Os anos
foram passando e o pequeno príncipe virou um jovem e depois um adulto.
A vida dele
era maravilhosa, ele tinha tudo o que queria, as melhores roupas, as melhores
comidas, as melhores viagens, segurança, muitos amigos, festas e tudo... Tudo
do bom e do melhor. Estava tudo indo muito bem, até que um dia ele percebeu que
na verdade nada estava indo bem. É que ele começou a prestar atenção na vida
dos escravos que trabalhavam para o “avô” dele. Enquanto ele vivia no luxo e na
vida boa, os judeus, que eram o seu verdadeiro povo, sofriam na escravidão.
-Isso não é
justo – Pensou Moises – Vou ajudar os escravos!
A partir
daquele dia ele começou a andar entre os trabalhadores, ajudando eles com
palavras de incentivo, com ideias e até mesmo mandando os soldados maneirarem
nas chicotadas. Depois de algum tempo o Faraó descobriu tudo e mandou matar o
Moshê, que fugindo do rei acabou chegando a outro país, chamado Midian.
Quando ele
chegou ali, a primeira coisa que ele fez foi procurar um poço para beber água,
por que a sua garganta estava super seca!
Chegando no
poço ele viu uns caras implicando com sete moças que estavam tentando pegar
água para as ovelhas do pai delas:
-Caiam fora
daqui mocinhas. Este poço é nosso entenderam?
Moshe, como
sempre, fez questão de ajudar e conseguiu pegar água para as ovelinhas das
mulheres.
Elas ficaram
muito felizes e convidaram ele para almoçar na casa delas.
O pai delas
se chamava Itrô e ele gostou muito do Moshe que acabou se casando com uma de
suas filhas que se chamava Tsipora.
Eles
tiveram dois filhos, um se chamava Eliezer e o outro Guershom e o Moshe virou
pastor do rebanho de seu sogro.
Certo dia,
enquanto Moshê estava passeando com as ovelinhas, ele viu uma coisa muito maluca
que chamou a sua atenção:
Era um
arbusto, um tipo de uma árvore pequenininha pegando fogo... Sem se queimar!
O Moshe
ficou muuuito curioso e foi chegando cada vez mais perto pra observar aquela plantinha
mágica, quando de repente ele ouviu uma voz especial e diferente saindo de
dentro dela:
-Moshê –
Disse a voz misteriosa- Eu sou D’us, o Criador do Universo.
Moises
ficou paralisado. No começo ele devia ter achado que estava ficando maluco, mas
logo ele percebeu que não se tratava de maluquice e sim de uma revelação.
D’us,
aquele que criou o mundo, que é invisível e que está em todos os lugares, que
sabe de tudo o que acontece e que gosta muito de todas as pessoas, estava querendo falar com o Moshê:
-Moshê. Eu
sou D’us, o Criador do universo e vim te pedir para me ajudar a tirar o povo
judeu da escravidão do Egito. Volte para lá e fale para o Faraó libertar o
povo, e diga a ele que se não deixar os judeus irem embora a situação dele
vai se complicar.
-Como
assim, vai complicar?
-O Faraó e
seus soldados estão fazendo muitas maldades contra os judeus. Se eles continuarem
a fazer isso, dez coisas bem desagradáveis vão acontecer com eles, serão as dez
pragas. Você sabe Moshê, assim é a vida: Quem faz o mal acaba recebendo coisas
más em troca, não é?
-Tudo bem,
D’us, eu entendi, mas será que não da para o Senhor escolher outra pessoa? É
que eu não sou muito bom de falar com as pessoas, sabe? Minha língua é meio pesada e... e todos vão rir da minha, da minha... é... cara!
-Moises!
Moises! Não se preocupe. Tenha mais confiança em mim e em você mesmo! Afinal...
Quem é que fez a língua e a boca do ser humano? Hã? Não fui eu? Então não se
preocupe, por que eu vou te ajudar.
-Ah D’us...
Escolhe outra pessoa, vai.
-Ta bom, Ta
bom... Eu vou mandar o teu irmão Aharon ir te ajudar, quando você ficar muito
inseguro ele vai falar por você, ta bom?
-Sim meu D’us,
tá combinado, mas e se ninguém acreditar em mim? Sabe como é que é: Podem dizer
que eu estou inventando tudo, podem duvidar que foi o Senhor que me mandou e...
-Não se
preocupe Moshê! Eu vou te dar alguns poderes que quando você mostrar eles para
o pessoal, todo mundo vai acreditar que sou Eu que estou te ajudando.
Naquele
momento D’us deu três poderes muito legais para o Moshe, mas o mais
interessante deles era conseguir transformar o seu cajado, a bengala do pastor
de ovelhas, em serpente. No começo o Moises ficou meio assustado, mas com o
passar do tempo ele acabou se acostumando.
Em poucos
dias o Moises chegou ao Egito e foi logo conversar com o povo judeu:
-Mamãe!
Olha lá aquele moço que ajudava a gente! Ele voltou e está fazendo mágicas.
Vamos lá ver?
-Filinha, é
o Moises, ele não está fazendo mágicas, ele está falando da nossa libertação,
ouça:
-E então
meu povo! D’us disse para mim que em poucos dias vocês estarão livres da
escravidão e vão poder voltar para o seu país que é Israel!
-Que legal!
Então eu vou poder brincar de boneca com as outras meninas?
-E eu de
carrinho?
-Sim meus
filinhos. Vocês vão poder viver uma vida normal, igual todo mundo merece viver.
-Que
legaaaal!
-Viva!
Viva!
Depois de
algumas horas o Moshe foi falar com o Faraó:
-Faraó,
você se lembra de mim?
-É claro que
eu me lembro seu paspalho! Ao invés de aproveitar da vida de luxo que tinha
você preferia ficar ajudando estes escravos fedorentos.
-Eles não
são escravos fedorentos e sim seres humanos que merecem ser bem tratados e eu
vim aqui para te dar um recadinho.
-Pode falar
o seu recadinho Mosheee. Você virou pombo correio agora?
-Não
senhor. O recado que eu vim trazer é que chegou a hora de você libertar os
escravos.
-O que? E
quem mandou este recado imbecil?
-D’us!
-D’us, mas
qual deles? Existem muitos deuses. Existe o deus do rio, o deus do céu, o deus
da água. Eu mesmo sou um deus, você se esqueceu?
-Faraó,
pare de mentir! Você pode enganar a todos, mas a mim você não engana e D’us de
verdade só existe um!
-O que?
-Sim senhor
e ele mandou eu te avisar que por causa das coisas horrorosas que você tem
feito contra os judeus, dez coisas ruins, ou seja, dez pragas vão acontecer
contra você e contra os seus soldados e só vai ter um jeito de Ele proteger
vocês.
-E qual é o
jeito, hã? Fala! Fala!
-Você
deixar o povo judeu ir embora para Israel.
-AHAHAHAHAHA
! Nunca! Nunca farei isto e avise para o seu deuzinho que eu não tenho medo
dele. Ahahahahaha!
-Que pena
Faraó. D’us está te dando uma chance, ele não quer que aconteçam as pragas. Ele
quer que você liberte o povo judeu e que fique tudo bem.
O Faraó não
deu bola para o que o Moshe falou e com isso vieram as dez pragas e ele e seus
soldados ficaram sem nenhuma proteção.
Na primeira
praga toda a água que eles usavam virou sangue.
Imgine só o
Faraó e os seus soldados malvados ligando o chuveiro ou abrindo a torneira para
beber uma água fresquinha:
-Ah... que
delicia, uma aguinha geladinha, fresquinha e vermelinha... O que?! Vermelinha?
Sangueeeeee! Que noooojo!
Ou então na
segunda praga, quando um monte de sapos invadiram o castelo do Faraó e as casas
dos soldados malvados:
-Socooorro!
Tem sapos por todos os laaaaados!
E era
sempre a mesma coisa: Cada vez que acontecia uma praga o Faraó chamava o Moshê
e dizia para ele:
-Moshê.
Socorro! Tire esta praga horrorosa daqui! Eu prometo que se a praga acabar eu
deixo o seu povo ir embora daqui! Vamos, ande logo com isso!
E então,
Moshê rezava para D’us, a praga ia embora e o Faraó dizia:
-Soldaaaados!
Não deixem os judeus irem embora! Coloquem esses preguiçosos para trabalhar!
Trabaaaaalhem!!!
Os judeus já
não aguentavam mais tanto vai e vem e os filhos começaram a perguntar para os
pais:
-Papai, a
gente vai ou não vai ser libertado?
-Vamos sim
meu filho. Vamos acreditar em D’us que no fim vai dar tudo certo!
-Eu quero
tanto ter uma vida de criança normal... Poder estudar, brincar...
-Depois de
quase meio ano de pragas, o Moshê chamou o povo judeu e disse:
-Pessoal,
prestem atenção, por favor: Hoje vai ser o nosso último dia aqui no Egito. Cada
um vá para sua casa e prepare as suas malas, mas antes não se esqueçam de que a
gente tem que fazer um jantar para comemorarmos este acontecimento tão
maravilhoso. Para este jantar cada família tem que ter carne assada de
cordeiro, que é uma carne bem gostosa. O sangue desta carne vai ter que ser
passado no batente das portas de entrada de cada casa.
-Mas para
que passar este sangue na porta titio Moshê? Pra ficar vermelha?
-Boa
pergunta fofinha! Este sangue vai servir como um sinal para que a última e
mais forte praga não entre nas nossas casas.
-Ah...
Então tá bom!
Quando
chegou a noite, todos começaram a jantar e a imaginar como seria a vida deles
como pessoas livres e felizes:
-Mamãe, eu
vou poder ter amiguinhos quando a gente parar de ser escravo?
-Claro que
vai filinho!
-Papai, os
filhos dos outros escravos também vão poder brincar com a gente?
-Mas é
claro que sim, meu filho! Quando todos forem livres, vai ter muita brincadeira,
estudo e felicidade!
-Que
liiindo!!!
-Mas isso
vai acontecer de verdade papai?
-Claro que vai
e...
-Rápido rápido!
Vamos embora! – Gritou o Moshê!
-Mas por
que? Por que tanta pressa?
-É por que o
filho malvado do Faraó, aquele que já era bem adulto, morreu e ele ficou com raiva
da gente e ta mandando a gente embora. Então... Vamos aproveitar!
Enquanto o
Moshe apressava o pessoal, uma vovozinhas que estavam querendo fazer pão
reclamaram:
-Mas Moshe,
nós acabamos de fazer massa de farinha com água para fazermos pão, mas para que
a massa fermente e vire pão, a gente tem que deixar ela esperando pelo menos
mais dezoito minutos, se não a massa não vai inchar e vai virar...
-Rápido,
coloquem a massa no forno agora! Não podemos esperar nem mais um segundo!
As velinhas
obedeceram o Moshê e quando elas tiraram a massa não fermentada de dentro forno
o que foi que saiu?
Matzá!!!
Depois
disso, os judeus pegaram suas malas e foram embora, para nunca mais voltarem:
-Tchau
Egito! Tchau Faraó bobão!
-Tchau seus
malvados! Tchau soldado cabeça de minhoca frita!
-Agora a gente vai ser livre e vai poder brincar de carrinho!
-Agora a gente vai ser livre e vai poder brincar de carrinho!
-E de
boneca também!
Depois de meia hora de caminhada, os judeus chegaram na frente do mar e não puderam
continuar andando.
-Moshê! E
agora? O que a gente vai fazer?
-Como vamos
embora, hein? Você contratou alguns navios?
Justamente
naquele momento, quando o povo estava confuso sobre como continuar a caminhada
eles ouviram um barulho enorme de gritos e de cavalos relinchando e correndo:
-Pocotó
pocotó! Eiaaa! Eiaaa!
Eram os
soldados egípcios que estavam vindo atrás dos judeus, por que o Faraó tinha
mudado de ideia e não queria mais deixar eles irem embora.
-O que vamos
fazer agora titio Moshê?
-Vamos...
Vamos... Vamos...
De repente
uma coisa muuuito legal e diferente aconteceu. Um vento fortíssimo começou a
soprar e quando o Moshê levantou o cajado dele em direção ao mar, o mar se
abriu no meio, formando um caminho seco para as pessoas passarem andando.
-Mamãe!
Papai! O mar se abriu no meio! Vamos embora do Egito!!!
-Viva viva
viva!!!!!!!!!
O povo
ficou muito emocionado, mas em pouco tempo a emoção deles se transformou em
medo, por que na mesma hora que saíram de dentro do mar, eles viram os soldados
egípcios, com suas espadas e flechas entrando do outro lado:
-Socooorro!
Os soldados entraram no mar! Eles vão vir atrás da gente! Socoooorro!
Vozes,
gritos e choros foram ouvidos. Eram os judeus assustados imaginando que logo,
logo, eles iriam ser capturados de novo pelos egípcios, mas de repente eles ouviram
um barulho gigante: Era o mar se fechando de novo bem em cima dos soldados e do
faraó afogando eles para sempre.
-Viva!
Viva!
-Agora sim
estamos salvos!!!
-Nunca mais
vamos ser escravos!!!
-A gente
vai poder brincar de bonecaaa!
-E de
carrinhooo!
-E a gente
não vai mais ficar apanhandooo!!!
-Titio
Moshê, pra onde a gente vai agora?
-Ótima
pergunta garotinho! Agora a gente está indo para Israel, mas antes a gente vai
dar uma passadinha numa montanha muuuito importante, onde eu conversei com D’us
pela primeira vez, o Monte Sinai e lá a gente vai receber um presente
maravilhoso Dele: a Torah!
-Que
legaaaal! Mas Moshê, eu posso te perguntar uma coisinha?
-É claro
que pode!
-A gente
vai fazer uma festa pra lembrar disso que aconteceu hoje?
-É claro
que vamos! A partir de hoje, toda a vez que chegar esta data, a gente vai fazer
uma festança, com muita comida, bebida, amigos e parentes. O nome desta festa
vai ser Pessach.
-Pessach?
Mas por que Pessach?
-Por que
Pessach quer dizer saltar por cima e isso foi o que a última praga fez: Ela saltou por cima das nossas casas, atingindo somente os malvados.
-Que
legaaal! Agora vamos titio Moshê, por que eu estou com muita,muita, muita
pressa! A gente tem que andar mais rápido!
-Mais
rápido? Mas rápido por que? Para chegar logo a Israel? Para receber logo a
Torah?
-Nããão
titio Moshê! Eu quero andar rápido para alcançar logo a minha mamãe, por que
ela está com a minha sacolinha de brinquedos e eu quero brincar com a minha
boneca.
-E eu, com
o meu carrinho!
Pessach
Sameach para todos!!!
Vivam as crianças!More
Ventura!
5 comentários:
maravilha querido More, amei sua história, estamos aprendendo muito com vc meus avós eram judeus, minha mãe n explicava nada pra gente, mas por seus costumes identificamos nossa descendencia e estamos aos poucos assumindo, e vc faz parte desse nosso retorno, nos ajudando e ensinando do jeito mais alegre, sou muito grata a vc , até minha filha , que mora na califórnia, ja esta aprendendo com vc tb, bjs
linda história!! vc permite que , até quem não é judeu, entenda melhor tudo isso e cresça muito com voces todos e sua história!
Iris
Parabéns, Moré!! Desde o ginásio não ouvia a história dos Judeus no Egito...
realmente tinha esquecido quase tudo, e você recordou de maneira tocante e brilhante.
Que você continue assim, inspirando as crianças e os adultos, com muita graça, e, mais ainda, conteúdo!!
Mazal Tov!!!
Fabio
Parabéns, Moré!! Desde o ginásio não ouvia a história dos Judeus no Egito...
realmente tinha esquecido quase tudo, e você recordou de maneira tocante e brilhante.
Que você continue assim, inspirando as crianças e os adultos, com muita graça, e, mais ainda, conteúdo!!
Mazal Tov!!!
Fabio
Parabens, Moré, que você continue nos inspirando com essa graça e esse conhecimento!!! Excelente a história!!!
E realmente aconteceu, é o mais impressionante!!!
Não ouvia ela desde o ginásio, e isso faz mais de 10 anos!!
Obrugado, mesmo,
Fabio
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